Psicólogo e Sexólogo Paulo Bonança
Terapia de Casal
Rio de Janeiro - RJ
Copacabana
www.paulobonanca.com
Contatos: consultório: (21) 2236-3899 celular: 99783-9766
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40%
dos casais apresentam algum tipo de dificuldade sexual
por Arlete
Gavranic
Sexo se aprende - "Outro erro é achar que sexualidade não precisa
de aprendizagem, tem de saber! Esse mito causa angústia, insatisfação e muita
frustração"
Pequena parte das dificuldades sexuais é de origem física. A maioria dessas dificuldades é resultado de uma educação sexual repressora, distorcida; de emoções como medo ou culpa associados ao prazer corporal. |
Além, é claro,
de uma dificuldade de falar de si, de ouvir o outro, e de construir junto uma
relação baseada em afeto e sensualidade.
É assim que
muitos casais chegam em busca de terapia sexual. Muitos conhecem pouco do
próprio corpo, conversam pouco, deixam de namorar, ousar e trocar carícias. Sem
contar a troca de acusações mútuas.
É comum a
resistência em buscar tratamento para tais dificuldades. Muitos temem assumir
uma determinada dificuldade sexual. Para eles isso poderia denotar uma perda de
poder ou ser a causa do problema.
Mas o maior
problema não é ter a dificuldade, mas não ter uma atitude de busca que possa
melhorar ou até resolver a situação.
Vejo nessa
questão o motivo de muitos virem escondidos de seu parceiro em busca de
terapia. É como se não pudessem assumir que precisam de ajuda, principalmente
no âmbito sexual, embora isso também ocorra em casos de depressão.
Tirania
Alguns podem ser
tiranos, menosprezam o parceiro(a) - às vezes publicamente -, desqualificam sua
performance sexual, questionam seu empenho na terapia: acusando que
está demorando para melhorar ou que ainda não está como o outro deseja.
Alguns vivem
“relembrando” o parceiro(a) de seus defeitos ou manias para ele(a) levar para a
terapia. É como se nessa relação houvesse uma disputa de poder, um precisando
sentir-se melhor que o outro. E fazem isso demonstrando sua descrença na
melhora do outro.
Há também aqueles
que não se mobilizam a ajudar, nem mesmo a perguntar ou a se propor a
participar, ficam à espera de que o outro melhore, sem investir em estar junto.
Muitas dessas
atitudes demonstram uma co-dependência do casal, onde a “dificuldade” do outro
alimenta um vínculo que mantém a relação, mesmo que desconfortavelmente.
Na sexualidade é
comum encontrarmos parcerias com receio da melhora sexual da outra parte. É
como se emocionalmente sentissem que enquanto o outro não tem confiança sexual,
não irá abandonar a relação, e por isso, muitas vezes se desinteressam ou
desqualificam o processo do outro.
O processo de
terapia também ajuda a repensar e a romper uma mania idealizada e alimentada
socialmente: temos que ser fortes e não podemos falhar. Outro erro é achar que
sexualidade não precisa de aprendizagem, tem de saber! Esse mito causa
angústia, insatisfação e muita frustração. Até os super-heróis têm suas
fragilidades e isso não tira deles seu poder.
Casais unidos no
desejo de viver bem atingem o sucesso mais facilmente nos tratamentos relativos
à sexualidade. Isso porque ambos se comprometem no tratamento, seja qual for a
disfunção sexual do parceiro. O problema não é fonte de acusações ou
desvalorização, do outro, mas sim do casal.
Mas nem sempre é
assim. Muitos apesar de se gostarem não têm toda essa sintonia. Mas se o afeto
e o desejo de continuarem juntos é presente nos dois, essa sintonia pode ser
estimulada através da conscientização do papel de ser parceiro(a). Ou seja, de
que uma relação necessita de troca, afeto, sensualidade e comprometimento. É
necessário ter atitudes construtivas no caminho de superar dificuldade de
qualquer ordem, inclusive a sexual.
Na solução do
problema reside a melhoria de vida do casal, da autoestima e autoconfiança.
*Essa é uma estimativa
de Carmita Abdo: médica, professora de psiquiatria e coordenadora geral do
ProSex, Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São
Paulo. Outras fontes que trabalham com esse índice: Sociedade Brasileira de
Estudos em Sexualidade Humana, Sociedade Brasileira de Urologia e Instituto
Brasileiro de Sexologia e Medicina Psicossomática.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/dificuldade_sexual.htm